Com a evolução dos meios
de comunicação, é natural que o contato entre o médico e o paciente
possa ser feito a distância. Por isso, ao contrário do que se possa
pensar, todas as aplicações dessa técnica apresentaram respostas positivas,
tanto de médicos quanto de pacientes.
Hoje, regulada pelo órgão norte americano ATA (American Telemedicine
Association), a telemedicina já é uma realidade em muitos países e
apresenta em sua forma mais básica o uso de infra-estrutura convencional
de telefonia. Segundo informações da ATA, a telemedicina congrega
uma redução de custos com ampliação da atuação médica, sendo importante,
ainda, no acompanhamento remoto de resultados de exames e execução
de discussões técnicas. Exemplo disso são os serviços de atendimento
aos clientes (SAC) para esclarecimento de dúvidas sobre medicamentos,
sobre intoxicações, para a busca de auxílio no combate ao tabagismo,
etc.
O primeiro projeto brasileiro de telemedicina data de 2000, de acordo
com o artigo de Zuffo, e funciona interligando o Instituto da Criança
do Hospital de Clínicas da USP ao Hospital de Base Ari Pinheiro, em
Porto Velho Rondônia. O projeto oferece cursos, seminários e propicia
uma » segunda opinião médica « aos pacientes, que até
então só tinham a alternativa de viajar para a cidade de São Paulo
para poder usufruir destes serviço
Um novo projeto está sendo desenvolvido pelo Hospital Sírio Libanês,
em São Paulo, oferecendo serviços de » segunda opinião médica
« por especialistas localizados em grandes centros médicos norte-americanos.
No mesmo estado, verifica-se a inclusão, já nos cursos de graduação
em medicina, de disciplinas a respeito.
Outras iniciativas vêm sendo realizadas desde a década de 90, porém
de forma tímida. Devido a nossas dimensões continentais, temos muito
a ganhar com consolidação de redes integradas de assistência médica
à distância. Benefícios como a redução dos custos com transportes
e comunicações, bem como a possibilidade de levar a medicina especializada
a regiões remotas do país, são de grande valia para a saúde pública
do Brasil.
Referências:
AMERICAN TELEMEDICINE ASSOCIATION (ATA). Website oficial.
Disponível em: http://www.americantelemed.org
ZUFFO, M. Desafios da telemedicina no Brasil.
Disponível em: http://www.sit.com.br/SeparataDIV0020.htm
Autor: Fábio Pellenz de Brito e Guilherme Wendt - Equipe SIS.Saúde
Fonte: Matéria
publicada no SIS.Saúde - 22/04/2009
Acesse os artigos
das revistas:
Primary Dental Care January
2009
Journal of Telemedicine and Telecare January
2009
Teaching and Learning in Medicine January
2009
Telemedicine and e-Health December
2008
Portal Telessaúde Brasil e BVS Atenção Primária à Saúde
Fonte: http://telessaude.bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=125